A escolha do vinho certo no restaurante, por Daniella Romano
Muitas vezes fica difícil abrir uma carta de vinhos no restaurante e escolher um rótulo. Acredite, muita gente acaba optando por outra bebida com receio de errar… Você não está sozinho nessa! Mas isso não precisa acontecer com você porque com as dicas que preparei ficará mais fácil decidir. Vamos lá?
Por Daniella Romano
Existem várias maneiras de beber seu vinho e uma das que eu pessoalmente mais gosto é harmonizá-lo com a comida, porque esse momento é um encontro perfeito em que o vinho ressalta o prato e vice-versa. Algumas regrinhas simples podem ajudar, ao conhecê-las você fica livre para criar suas próprias combinações.
Mas vale lembrar: nada é melhor e mais gostoso do que as combinações que você mais aprecia, esse prazer deve ser inegociável. Comece prestando atenção ao estilo de vinho que mais gosta: leve e fresco ou mais encorpado e frutado, amadeirado ou mineral? Também pode se orientar pelo tipo de uva (se você conhece as varietais) e escolher os que são feitos a partir da(s) sua(s) preferida(s).
Saber do que gosta (ou do que não gosta) é um bom começo! Em seguida, escolha o prato que vai pedir e pense se ele combina com o estilo de vinho que gosta.
Não tem certeza?
Funciona mais ou menos assim: pratos leves x vinhos leves, pratos pesados x vinhos pesados. Mas o que é um vinho leve e um vinho pesado? Isso se refere ao teor alcoólico e ao corpo do vinho. Quanto menos alcoólico o vinho, mais leve será. O peso está relacionado ao corpo, à textura da bebida na boca. Quando é encorpado você sentirá potência, concentração de taninos e as expressões “guloso, aveludado e gordo” virão à mente. Poderá encontrar isso em vinhos produzidos com as uvas Tannat, Cabernet Sauvignon, Syrah e Nebbiolo e em alguns brancos como a espanhola Viúra e a Chardonnay com passagem por barrica. Para entender melhor é como comprar a sensação do chá e do chocolate quente, na boca eles tem pesos muito diferentes, concorda?!
Existe uma outra harmonização que é feita por contraste, ou seja, gordura x acidez, salgado x dulçor. Bons exemplos são as combinações do queijo gorgonzola com o Vinho do Porto, ou do vinho espumante com feijoada.
Para facilitar, preparei uma tabela com algumas sugestões, você pode imprimir e guardar para consultar sempre que precisar.
Daniella Romano percebeu que tinha olfato aguçado depois de se formar Sommelière pela Federação Italiana de Sommeliers, Hoteleiros e Restauradores no Piemonte. Decidiu seguir estudando os aromas do vinho e passou por instituições como Universidade de Davis e Université du Vin de Suze-la-Rousse.
Pioneira no estudo e desenvolvimento das caixas de aromas do vinho no Brasil, é hoje referência no assunto e compartilha o seu conhecimento no The Wine Institute, entre as principais escolas de educação de vinho no mundo.