Como montar a sua adega de inverno: os 7 tipos de vinho que não podem faltar na estação
Sua adega está preparada para o frio que está chegando? Confira as dicas de nosso time de sommeliers dos vinhos que não podem faltar nessa temporada!
1. Um tradicional Malbec argentino
Os vinhos da uva Malbec são tânicos e encorpados, características que os fazem ser a escolha certa para acompanhar pratos estruturados e mais pesados, como carnes na brasa, cozidos e molhos gordurosos. Aqui na América do Sul, a Malbec passou a ser cultiva em lugares mais quentes que a Europa, se tornando mais concentrada, perfeita para o inverno!
2. Um vinho fortificado, como o vinho do Porto
Os vinhos fortificados são aqueles que ganham um pouco de álcool adicional, a aguardente vínica. Adição essa que tem uma consequência interessante! Como o álcool extra acaba matando as leveduras, a fermentação (transformação do açúcar em álcool) acaba sendo interrompida, fazendo com que os vinhos fortificados tenham um índice mais alto de açúcar residual. O resultado é um vinho com alta graduação alcoólica (entre 18 e 22%) e bem doce, perfeitos para as noites frias de inverno. Os mais famosos vinhos fortificados aqui no Brasil são os vinhos do Porto, tradicionais da região portuguesa do Douro.
3. Um vinho branco que passou por barrica de carvalho
Quem adora um vinho branco não precisa deixar de beber seu estilo de vinho preferido só porque as temperaturas estão caindo. Os vinhos brancos que estagiaram em madeira são perfeitos para o frio, já que a barrica faz com que percam um pouco de acidez e, consequentemente, o frescor, e ganham mais estrutura e complexidade aromática. Além disso, os vinhos brancos que passam por em barrica são feitos de uvas mais estruturadas, como a Chardonnay. E, após o envelhecimento em madeira, ganham notas lácteas, de flores, de especiarias, como a baunilha, e de defumado, que harmonizam com queijos e frios.
4. Um vinho espanhol envelhecido em barrica de carvalho
A Espanha é um país muito grande se comparado com os outros países da Europa, e produz vinhos de estilos bastante variados. Uma característica em comum de grande maioria de suas regiões, no entanto, é que estão localizadas em regiões quentes, quase desérticas, e com clima continental: seco, quente e com grande amplitude térmica. O resultado são uvas muito maduras, altamente concentradas, que dão origem a vinhos mais complexos e alcoólicos. O uso de madeira nova durante o envelhecimento, bastante usada por alguns produtores espanhóis, faz com o que o vinho ganhe notas de especiarias e baunilha, além de toques defumados, mais estrutura e taninos. A cara de um vinho de inverno!
5. Um vinho típico português
As regiões portuguesas – com exceção, aqui, de Vinho Verde – estão em latitudes mais baixas do que o restante do continente europeu. Como consequência, o clima quente e com pouca influência do Mar Mediterrâneo resulta em vinhos bem concentrados, tânicos e maduros. No entanto, o uso de madeira nova no envelhecimento arredonda os taninos, deixando-os macios e os tornando muito agradáveis de beber. Se você gosta de vinhos frutados, mas com corpo e complexidade, não pode deixar de ter um vinho tinto típico de Portugal em sua adega de inverno.
6. Vinhos sul da Itália: Sicília e Puglia
Já deu para perceber que, quanto mais quente a região de origem do vinho, mais ele combina o com o inverno? Na Itália não poderia ser diferente! As duas regiões mais ao sul do país, a Puglia, o salto da bota, e a ilha da Sicília, embora tenham certa influência do Mar Mediterrâneo, são extremamente quentes. De lá, surgem duas uvas típicas, a Nero d’Avola e a Primitivo. Ambas as uvas são bem doces quando maduras, gerando vinhos com boa graduação alcoólica. Além disso, esses vinhos são ideais para harmonizar com pratos da gastronomia típica da região, como massas, carnes assadas e queijos.
Confira aqui nosso especial de harmonização com pratos da Puglia!
7. Vinhos para harmonizar com pratos de inverno
As temperaturas vão caindo e o nosso corpo pede pratos mais encorpados e estruturados. Aí o desafio passa ser como fazer harmonizações com vinho que tenham características essenciais para acompanhá-los:
- para as massas italianas, nossa indicação são os vinhos do mesmo país, como o Mazzei Fonterutoli Chianti Classico;
- para carnes de caça, o Cobos Cocodrilo;
- para pratos com trufas e polenta, o Barbaresco Pora Riserva;
- tábua de frios e embutidos, como o Pata Negra, o espanhol Mas Martinet Bru;
- já para o tradicional polpetone, o Errazuriz Cabernet Sauvignon Reserva.