Volta ao mundo em 5 rosés, por Giovanna Ferraz Borges
Já provou um vinho rosé feito em uma região diferente da Provence, na França? Nas proximidades do Mediterrâneo, a Provence é mesmo a capital do rosé, mas o mundo do vinho é bem maior do que isso. Aperte os cintos e aproveite essa prazerosa viagem!
Por Giovanna Ferraz Borges
O vinho rosé é uma das bebidas mais consumidas estações mais quentes do ano. Segundo o Conseil Interprofessionnel des Vins de Provence (CIVP), o seu consumo aumentou 20% desde 2002, sendo que os Estados Unidos e a França representaram quase metade do consumo mundial. Os rosés conquistam pela leveza, frescor e sabor delicado, além de ser frutado.
A tonalidade de cada vinho rosé é diferente devido a diversos tipos de uvas e métodos de produção. Versátil, a bebida harmoniza com muitos pratos, sendo a boa pedida para aquela ocasião especial.
Para apoiar a causa Outubro Rosé, na qual parte das vendas dos vinhos rosé será revertida à Fundação Laço Rosa, a Grand Cru selecionou 5 vinhos rosés especiais para você conhecer o vinho rosé pelo mundo.
Cheers!
Romance: Provence, França
A Provence é considerada a capital mundial do vinho rosé. E não é para menos… Segundo o site Tintos e Tantos, 120 milhões de garrafas de vinho são fabricadas anualmente na região, sendo o rosé 90% do total. O Terres de Berne é um Côtes de Provence produzido pelo Château de Berne, uma vinícola sediada na região de Var, entre os delicados campos de Lorgues e Flayosc.
A composição do Romance é 60% Cinsault, 40% Grenache. A uva Cinsault é muito cultivada em todo o sul da França, e, quando usada, torna o vinho mais frutado, com aroma agradável e poucos taninos. Seus aromas e sabores remetem às frutas vermelhas, pimenta e carne vermelha. A uva geralmente é usada em cortes com o Grenache, oferecendo leveza e suavidade.
O Terre de Berne traz acidez moderada e leve doçura ao paladar, sendo um vinho bem típico da região da Provença. Sua cor é salmão muito pálido, a temperatura ideal de serviço é de 10 a 12 graus Celsius e ele harmoniza bem com aperitivos, saladas de salmão defumado e pizzas.
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Tramari: Puglia, Itália
Conhecida como Zinfandel na Califórnia, a uva Primitivo é típica da região de Puglia, no sul da Itália. Ela é perfeita para quem gosta de vinhos mais concentrados e com bastante fruta, mas com acidez mais baixa e taninos macios.
A Primitivo não é uma uva de fácil cultivo, e o tamanho dos bagos varia muito, inclusive em um mesmo cacho. É necessária certa experiência para lidar com o amadurecimento desse tipo de fruta. E a vinícola San Marzano, na região de Salento, foi uma das pioneiras no renascimento da uva e hoje é uma das vinícolas mais tradicionais e reconhecidas da região.
O rótulo Tramari é um rosé incomum: composto 100% de Primitivo. Trata-se de um vinho fresco, elegante e equilibrado na boca. O seu aroma é intenso, com notas de cerejeira e mamão papaya com licor de cassis, e acidez média. Pratos como coquetel de camarão, steak tartare de salmão e salada de abacate harmonizam perfeitamente bem com o vinho.
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La Flor de la Pulenta – Mendoza, Argentina
A uva Malbec é originária de região sudoeste da França, mas foi na Argentina que ela melhor se desenvolveu e ganhou não só o paladar brasileiro, mas a notoriedade mundial. O vinho mais comum de se encontrar com a uva é o tinto, no entanto, a vinícola Pulenta Estate criou um rosé feito 100% de Malbec, uma particularidade da Argentina.
O rótulo possui uma cor rosa suave e os seus aromas lembram morangos silvestres, pétalas de flores e melancia. No paladar, o vinho repete os aromas. Frutado, leve e ideal para o clima quente, o La Flor de la Pulenta possui acidez média e um pouco mais de corpo e estrutura – o que faz dele um vinho versátil para harmonizar de canapés a frituras.
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Terra de Lobos – Tejo, Portugal
O Terra de Lobos é desenvolvido pela vinícola Quinta do Casal Branco, que produz, em sua maioria, castas típicas portuguesas, como Fernão Pires, Trincadeira e Touriga Nacional. Outras uvas, como o Syrah, Merlot e Cabernet Sauvignon foram recentemente introduzidas, completando a área de exploração vitivinícola.
O rótulo é composto de 60% Touriga Nacional e 40% Syrah. A Touriga Nacional, segundo o site Tintos e Tantos, é a casta mais famosa e mais representativa da cultura do vinho português, ou seja, ela é o coração e a alma do país – até para a produção de vinhos rosés. A uva produz vinhos encorpados, tânicos e equilibrados, alem de conceder a eles uma abundância de aromas.
A combinação de uvas do Terra dos Lobos resulta em sabores de frutas vermelhas e toques florais. O rótulo é jovem, fresco e possui taninos leves e acidez média. É mais encorpado do que a maioria dos rosés, mas é harmonioso e macio na boca. Combina com queijos cremosos, canapé de salmão e comida japonesa – mas é uma ótima pedida para bebericar sem comida para acompanhar.
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Leyda Reserva – Vale do Leyda, Chile
Fundada em 1998, a vinícola Viña Leyda desenvolveu um ambiente propício para o cultivo do Pinot Noir, a uva utilizada em 100% da fabricação do rosé Leyda Reserva. Os fundadores da vinícola construíram uma tubulação que desviou parte do fluxo do rio Maipo por oito quilômetros, o que viabilizou o cultivo de uvas de qualidade. Hoje, a região é uma das mais promissoras para plantio de Sauvignon Blanc e de Pinot Noir de clima costeiro no Chile.
A uva Pinot Noir é muito delicada e os vinhos produzidos por ela variam muito conforme o terroir. No Vale do Leyda, por ser um lugar mais frio, se mostra elegante, frutada, fresca, resultando em vinhos muito versáteis. A sua cor é bem intensa, ganhando até alguns tons violáceos, e no nariz traz aromas de frutas vermelhas e morangos maduros, cerejas e framboesa. Na boca, pode-se sentir o cranberry, amora, morango e framboesa. Certamente um vinho gastronômico, harmoniza bem com moqueca de peixe, tartar de peixe, bruschettas e massas com molho de tomate.
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Apaixonada por viajar, a jornalista Giovanna Ferraz Borges é uma verdadeira colecionadora de carimbos em seu passaporte. Depois de viver em São Paulo, Londres e em Lyon, escolheu Montreal como a sua segunda cidade – mas faz questão de dizer que o mundo é o seu lar. Aqui, na Revista Digital da Grand Cru, assina a coluna Aperte os Cintos, com as melhores dicas de turismo!