Vinhos de Sobremesa: a porta de entrada para o Mundo dos Vinhos

Vinho doce, vinho de sobremesa, vinho do Porto, Sauternes… Aprenda um pouco sobre cada um deles e descubra qual é o seu estilo preferido!

Os vinhos doces acabaram ficando com a fama de serem bebidas de baixa qualidade. No entanto, eles são, na verdade, uma excelente porta de entrada para o mundo dos vinhos: gostosos, harmonizam bem com sobremesas e são perfeitos para bebericar após o jantar ou como aperitivo antes das refeições.

Conheça os diferentes tipos de vinhos de sobremesa que existem e descubra que vinho doce pode ser ser sim um rótulo de excelente qualidade!

A diferença entre vinho doce de qualidade e um vinho de mesa

Para que entenda melhor, existe uma grande diferença entre os vinhos doces de qualidade e aqueles que tomávamos antes de ouvir falar em “taninos”. A começar pela matéria prima. Duas das principais famílias de uvas utilizadas para vinificação (ou seja, para transformar uvas em vinho) são a Vitis Labrusca e a Vitis Vinífera.

A primeira tem origem americana e é formada pelas uvas de mesa que compramos na feira e no supermercado para comer e fazer sucos e sobremesas. Elas são ótimas para consumo in natura e por vezes são utilizadas na elaboração de vinhos de garrafão (os ditos vinhos de mesa). Por não terem a estrutura ideal para vinificar, o suco extraído geralmente é manipulado, sendo uma das intervenções realizadas a adição de açúcar para conversão do álcool, procedimento chamado de chaptalização.

Já os vinhos doces de qualidade são aqueles que chegam à garrafa com mais de 6 gramas de açúcar por litro da bebida. Esse açúcar, no entanto, vem da própria uva Vinis Vinifera, e não de adição de açúcar extra. cada tipo de vinho doce, ou de sobremesa, como são também conhecidos possui um processo muito especial que resulta no sabor adocicado. Conheça quais são os principais estilos de vinhos de sobremesa.

Conheças os principais vinhos de sobremesa do mundo

Os vinhos doces são divididos entre vinhos fortificados (vinhos do Porto), vinhos de colheita tardia (Late Harvest),  os vinhos botritizados (ou vinhos de Sauternes), os espumantes Demi-Sec, Moscatel e Doux, e o Ice Wine.

Os Vinho Fortificados (os famosos Vinhos do Porto)

Sabe-se que o vinho é resultado do processo natural de fermentação da uva. Este processo tem início com o rompimento da casca da fruta, onde as leveduras existentes nela passam a consumir o açúcar, transformando-o em álcool e gás carbônico.

Para a elaboração dos fortificados doces, este processo é interrompido com a adição de álcool vínico, onde o mosto (suco) atinge um determinado grau alcoólico matando as leveduras e, assim, fazendo com que reste açúcar natural residual.

Os fortificados podem ser: Vinho do Porto (Portugal), Madeira (Portugal), Moscatel de Setúbal (Portugal), Banyuls (França), Jerez PX, Jerez Oloroso, Jerez Pale Cream (Espanha) e Marsala (Itália). Experimente acompanhá-los com torta de noz-pecã.

Nossa indicação para quem quer provar um Vinho do Porto é começar pelo estilo Ruby, um corte de várias safras diferentes que envelhece de três a seis meses em barris de carvalho.  Conheça o Vinho do Porto Tinto Churchill’s Ruby Reserva aqui, produzido por uma das vinícolas mais renomadas da região do Douro, a Churchill Graham.

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Vinho do Porto Tinto Churchill’s Ruby Reserva 750 mL

Vinhos de Colheita Tardia ou Late Harvest

As uvas utilizadas na produção do vinho de colheita tardia, como o nome diz, permanecem no pé após o ciclo natural de maturação, perdendo líquido e concentrando açúcar e acidez. Podem ser brancos ou tintos, e a sua principal característica é a relação de equilíbrio entre doçura e frescor. Os exemplares brancos são ótimas opções como aperitivo e para acompanhar queijos azuis e de massa mole, castanhas e pudim de leite.

Quer experimentar um excelente Late Harvest? Nossa indicação é um rótulo da Hungria feito com 100% de uva Furmint, o Disznókó Furmint Late Harvest.

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Vinho Branco de Sobremesa Disznókó Furmint Late Harvest 2012 500 mL

Vinhos Botritizados (os vinhos de Sauternes)

O nome não é bonito, mas os vinhos botritizados (atacados pela podridão nobre), são os doces mais requintados, elegantes e incomuns de todo o planeta. Eles são produzidos a partir de um fenômeno natural, onde um fungo chamado Botrytis Cinerea, que se desenvolve em ambientes úmidos e ensolarados (muito comum em Sauternes, França) perfura os bagos mantendo a polpa intacta, mas reduzindo a água contida nas uvas, aumentando os níveis de acidez, açúcar, viscosidade e sabor. Acompanham perfeitamente crème brûlée, foie gras e queijos de sabor intenso.

O Château Guiraud é um vinho botirizado que vem da região de Bordeaux, na França, feito de
65% Sémillon e 35% Sauvignon Blanc.

 Vinho Branco de Sobremesa Château Guiraud 2003 375 mL

Vinho Branco de Sobremesa Château Guiraud 2003 375 mL

Espumantes Demi-Sec, Moscatel e Doux

Os espumantes demi-sec (ou espumantes meio doce) contém de 33 a 50 gramas de açúcar por litro, enquanto os espumantes douxs (ou espumantes doces) possuem mais de 50 gramas de açúcar residual por litro. Ambos apresentam características frutadas, nuances amendoadas e florais. São espumantes perfeitos para festas, como aperitivos, acompanhando muito bem salgadinhos, canapés, saladas, bolo, frutas assadas, merengue e mousses.

O Nocturno é um dos espumantes demi-sec mais vendidos da Grand Cru, produzido pela vinícola argentina mundialmente famosa pelos seus espumantes, a Dante Robino.

Espumante Nocturno Demi Sec 750 mL

Espumante Nocturno Demi Sec 750 mL

Ice Wine

Os vinhos do gelo, em tradução literal, são produzidos a partir de uvas sobre maduras e congeladas ainda no pé. Estes vinhos são raros, elaborados em quantidades limitadíssimas e somente em regiões muito frias. Geralmente são caros, mas a experiência de provar um néctar desses é inesquecível.  Devem ser apreciados como aperitivo ou como sobremesa.

Delicie-se!

Esta matéria fala sobre: Castanhas Queijos

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