Espaço do Confrade: Conhecendo Mendoza com Douglas Yoshimura

Todas as terças, convidamos um Confrade Grand Cru para compartilhar conosco uma experiência inesquecível do mundo do vinho. Hoje, o espaço é do Douglas Yoshimura, que está completando um ano como assinante da Confraria.

GC: Como foi a viagem para Mendoza?

DY: Foi uma viagem espetacular! Como amante de vinhos, imagino que existam poucos lugares tão bons para apreciar ótimos vinhos, muitas vezes harmonizados perfeitamente com menus de restaurantes renomados mundialmente.

Grand Cru: Quantos dias você passou em Mendoza? Você viajou com uma excursão?

Douglas Yoshimura: Passei sete dias em Mendoza. Como queria escolher as vinícolas que ia visitar, preferi ir por conta própria e montar o meu itinerário. Recomendo a quem for por conta própria, agendar com bastante antecedência as visitas às vinícolas.

GC: Você já conhecia os vinhos da Cobos e de Paul Hobbs antes de visitar a vinícola?

DY: Eu já havia tomado o Cobos Bramare Luján de Cuyo Apellation. Fiquei muito impressionado pela qualidade do vinho e, desde então, a Cobos se tornou uma das minhas preferidas da Argentina.

GC: Você chegou a visitar outras vinícolas em Mendoza? Se sim, quais?

DY: Visitei, no total, seis vinícolas. Cobos, Achaval Ferrer, Norton, Ruca Malen, Escorihuela Gascón e Belasco de Baquedano. Esta última foi uma recomendação do Remis (um tipo de transporte particular muito utilizado em Mendoza, como se fosse um táxi local). Na Belasco, achei bem interessante a Sala de Aromas, onde há todos os tipos de aromas existentes em um vinho – primários, secundários, terciários e, inclusive, os defeitos.

GC: Você recomenda outro passeio que fez além de visitar vinícolas?

DY: Para quem gosta de belas paisagens, recomendo o tour ao Monte Aconcágua. A viagem é um pouco longa, mas se for ficar bastante tempo em Mendoza, recomendo. Inclui uma boa caminhada, por isso não aconselho para idosos ou crianças muito pequenas. Como infelizmente peguei uma semana nublada, não pude apreciar tanto a paisagem montanhosa.

GC: Falando especificamente da sua visita à Cobos, você se lembra qual a degustação que escolheu fazer? Conte um pouquinho para a gente o que achou dos vinhos!

DY: Das diversas degustações que fiz, a que mais gostei foi da Cobos. Além de poder escolher o tipo de degustação de acordo com o valor, a profissional que fez a degustação entendia bastante sobre vinhos e tentava passar o máximo de informações.

Fiz uma degustação horizontal por regiões da linha Bramare Vineyards Designates. Achei incrível a diferença que a mudança de terroirs e altitudes pode fazer no sabor de um vinho. E o melhor é que eram todos espetaculares!

A degustação harmonizada da Norton se destacou pela qualidade da comida e variedade de vinhos. Apesar de serem mais conhecidos por suas linhas de base, o restaurante preparou um menu incrível, finalizando com uma grappa (destilado feito de uva) preparada pela própria Norton.

Degustação Bramare Vineyard Designates, em que é possível comparar os diferentes vinhedos da Viña Cobos

GC: O que mais chamou a sua atenção e deixou você impressionado durante a visita?

DY: O que me impressionou muito foram as degustações harmonizadas. Não são baratas, mas menus de cinco passos feitos especialmente para harmonizar com cada vinho é uma experiência difícil ou muito mais cara de se encontrar no Brasil. Mendoza é um destino perfeito para fãs de bons vinhos e de alta gastronomia. Recomendo para todos que não conhecem a região que planejem uma visita que não se arrependerão. Só deixo a dica para não alugar carro porque depois de tantas degustações, fica difícil de dirigir!

Sobre Douglas:

“Tenho 32 anos e sou proprietário de uma empresa de investimentos, a Zenit Investimentos. Comecei a beber vinho em 2010, quando dois primos enófilos me apresentaram esse universo infinito, sempre me explicando sobre as características, complexidades e peculiaridades de cada vinho. Já estive na França e Itália e tomei ótimos vinhos, mas foi Mendoza meu primeiro destino de enoturismo propriamente dito. Esse mês faz um ano que sou assino a Confraria Grand Cru. Sempre achei uma ótima opção para conhecer novos vinhos e muitas vezes ser surpreendido pela seleção!”

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