O vinho na Revolução Francesa

Um evento tão importante como a Revolução Francesa mudou não só a história do mundo, como da França e do vinho, principalmente na região da Borgonha e do Rhône.

O vinho é uma bebida que sempre esteve presente em rituais, religiosos ou pagãos. Acreditava-se que o efeito produzido pela bebida trazia a verdade – in vino veritas (no vinho, a verdade, em tradução do latim) -, além de fertilidade, referente ao efeito afrodisíaco do álcool.

Até o século XVIII, a nobreza e o clero eram responsáveis pela produção de vinho na França, tendo em vista que eram estes os detentores de terras. Como exemplo disso, a região conhecida hoje como Châteneuf-du-Pape foi a residência de veraneio do Papa Clemente V e seus sucessores por quase 70 anos.

Com a queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, a Revolução Francesa tomou força e as propriedades agrícolas foram tomadas pelos revolucionários para serem leiloadas, o que implica na burguesia como nova classe vinhateira.

A burguesia estava no poder, de forma que houve, também, mudanças na legislação referente às leis que favoreciam o primogênito como herdeiro, dando lugar à divisão igualitária de terras entre os sucessores. Isso explica o mosaico de vinícolas na região da Borgonha, por exemplo.

Borgonha, na França.

Por Vivian Colello

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