Guia de viagem: um tour completo pela Toscana, por Giovanna Ferraz Borges

A Grand Cru preparou um guia de viagem pela Toscana, dando todas as dicas para curtir uma road trip incrível. Malas prontas? Aperte os cintos!

Por Giovanna Ferraz Borges

Ah… Itália! Quem nunca sonhou em visitar esse país repleto de história, boa gastronomia e paisagens de tirar o fôlego?

A Toscana é uma das regiões mais queridinhas pelos turistas. Todo mundo que vai quer conhecer a famosa Florença, a torre de Pisa, a Piazza del Campo em Siena… São tantas atrações que é difícil montar um roteiro para conhecer tudo.

Alugar um carro ou viajar de trem?

As estradas da Itália são lindas, seguras e super fáceis de dirigir. Além disso, entre uma cidade maior e outra, há diversas cidadelas que valem o pit-stop. Ao alugar um carro, há maior flexibilidade de horário e autonomia para conhecer outras cidades ou até mesmo parar para desfrutar as paisagens.

O trem é uma boa opção para quem não quer dirigir e quer curtir a viagem descansando e curtindo a vista. A desvantagem é sempre depender de horários e acabar pulando as cidades entre um destino e outro. É possível consultar e comprar as passagens nesse site (www.trenitalia.com).

Quantos dias ficar para conhecer a Toscana?

Se a ideia é conhecer a maioria das cidades da Toscana, maiores e menores, reserve de 15 a 20 dias para o roteiro. Se a intenção for visitar apenas as principais e mais conhecidas, de 7 a 10 dias é o suficiente para completar um tour completo.

Qual a melhor época do ano para ir?

A região pode ser visitada durante o ano todo. A alta temporada é entre junho e setembro, onde o calor é intenso e o sol está presente durante 11 horas por dia. A baixa temporada é durante o inverno, de novembro a março, tirando a semana do Natal e Ano Novo, onde os turistas lotam as cidades. Já os outros meses são média temporada, sendo os mais indicados para quem busca temperaturas amenas e atrações turísticas sem enormes filas.

Um roteiro pelas principais cidades da Toscana

Firenze

Quantos dias ficar? 3 a 5 dias.

O que fazer? Visitar a Duomo, fazer compras na Via Tornabuoni, conhecer a Piazza della Signoria, tirar fotos na Ponte Vecchio, apreciar os museus Galeria degli Uffizi e Galeria dell’Accademi e provar produtos locais no Mercado Centrale.

Onde se hospedar? Hotel Pendini. O hotel está a 300 metros da Duomo e possui vista para a Piazza della Repubblica, ideal para os que querem explorar a cidade a pé. Diárias, em abril, a partir de 550 reais o casal, com café da manhã colonial.

Onde comer? Trattoria Ruggero. O restaurante é administrado por uma família que prepara todas as refeições: a mãe e filha ficam com os antipastos, sobremesas e vinhos; o pai com os pratos e o filho no salão auxiliando os clientes. Prove o spagghetini alla carretiera e o croquette di manzo.

Qual vinícola visitar? La Brancaia. A vinícola, fundada em 1981, produz vinhos naturais com alta qualidade, prezando pelo uso de bons materiais tanto na fabricação quanto nas embalagens. Há opção de vendas, degustações e visitas aos vinhedos e adegas, porém é necessário reservar com antecedência por e-mail (degustazione@brancaia.it) e se atentar aos horários de funcionamento, de abril a outubro.

O Duomo de Firenze, na Toscana.

Pisa

Quantos dias ficar? Apenas um bate-volta de Firenze ou 1 dia.

O que fazer? Tirar fotos e subir na Torre de Pisa, conhecer o Batistério de Pisa, visitar a Igreja Santa Maria della Spina e admirar a beleza da Catedral de Pisa.

Onde se hospedar? Grand Hotel Bonanno. A 10 minutos a pé da torre, o hotel oferece um grande jardim, restaurante com bar moderno e aluguel de bicicletas. Diárias, em abril, a partir de 300 reais o casal, com café da manhã.

Onde comer? Panineria L’Ostellino. O restaurante serve paninis deliciosos e tábuas de frios completas. Os sanduíches são grandes e os ingredientes tipicamente italianos. Os vinhos da casa são recomendados.

Qual vinícola visitar? Ornellaia. A obsessão do produtor por excelência fez com que a vinícola se destacasse na região. A 1 hora de Pisa, a Ornellaia controla todas as etapas de produção, desde a colheita da uva até a venda. O tour passa pelos vinhedos, adegas e finaliza com uma degustação. Para reservas e maiores informações, consulte o site.

A Torre de Pisa.

Siena

Quantos dias ficar? Apenas um bate-volta de Firenze ou 1 dia.

O que fazer? Passear na Piazza del Campo, tirar fotos da Fonte Gaia, subir na Torre del Mangia, visitar o Palazzo Pubblico e o Museo Civico, conhecer a Biblioteca Piccolomini e admirar a Duomo di Siena.

Onde se hospedar? Hotel Athena. A acomodação se localiza dentro das muralhas históricas de Siena. Possui um restaurante e um terraço com vista para a cidade. Diárias, em abril, a partir de 350 reais o casal, com café da manhã.

Onde comer? Antica Osteria da Divo. A osteria fica na parte murada da cidade, dentro de uma caverna. O pici senesi é um spaghetti irregular grosso, típico de Siena. Peça-o com o molho Ragu, composto de ragu de boi ao molho de vinho tinto e amêndoas torradas em lâminas.

Qual vinícola visitar? Mazzei. A vinícola, fundada em 1435, é uma das mais tradicionais da região. A 30 minutos de carro de Siena, é possível fazer um tour pelo Castello di Fonterutoli e conhecer a vinícola e a produção de vinhos Mazzei. Os tours duram 75 minutos e é necessário reservar com antecedência.

Dica: a vinícola Mazzei possui o B&B Castello di Fonterutoli, um hotel de 15 quartos com decoração típica da região e vista para uma das aldeias mais antigas da Itália. Diárias, em abril, a partir de 370 euros o casal, com café da manhã.

Piazza del Campo, em Siena, Toscana.

San Gimignano

Quantos dias ficar? Apenas um bate-volta de Firenze ou 1 dia.

O que fazer? Tirar fotos na Porta San Giovanni, caminhar pela Via San Giovanni, conhecer a Piazza della Cisterna, experimentar o sorvete da Gelateria Dondoli, visitar a Piazza del Duomo, apreciar a beleza da Duomo da cidade, subir na Torre Grossa e explorar a Rocca di Montestaffoli.

Onde se hospedar? Hotel La Cisterna. Todos os quartos do hotel são decorados em estilo florentino e possuem vista para a Piazza della Cisterna ou para a paisagem campestre da região. Diárias, em abril, a partir de 370 reais o casal, com café da manhã.

Onde comer? Cum Quibus Di Pompei Genziana. O restaurante já foi considerado o sexto melhor de toda a Europa pelo Trip Advisor. Os pratos misturam ingredientes locais e internacionais com toque de elegância.

Ruas medievais de San Gimignano.

Montepulciano

Quantos dias ficar? 1 a 2 dias.

O que fazer? Passear na Piazza Grande, conhecer a Chiesa e o Convento di Sant’Agnese, tirar fotos da Porta al Prato, admirar a Colonna del Marzocco, ouvir o sino da Torre dell’Orologio o della Pulcinella, explorar o Museo Civico Pinacoteca Crociani e fotografar o Pozzo dei Griffi e dei Leoni.

Onde se hospedar? Palazzo Nobile di San Donato. O hotel se situa em um edifício histórico na cidade e toda a sua decoração é de época, criando uma atmosfera elegante e antiga aos quartos. Há vistas para o Vale de Orcia e de Montepulciano. Diárias, em abril, a partir de 820 reais o casal, com café da manhã.

Onde comer? Osteria Acquaceta. O restaurante é especialista em massas, mas o destaque vai para a bisteca Fiorentina. Todos os preços são muito acessíveis. Vale reservar com antecedência, pois o local é quase um ponto turístico na cidade.

Qual vinícola visitar? Tenuta Fanti. A 55 minutos de carro de Montepulcino, a empresa introduziu novas tecnologias na fabricação de seus vinhos, mas sempre inspiradas em suas tradições.  É possível conhecer a adega local e degustar vinhos e azeites de oliva. Reservar pelo site.

Região de Montepulciano.

Montalcino

Quantos dias ficar? Apenas um bate-volta de Montepulciano ou 1 dia.

O que fazer? Admirar a vista da Abbadia di Sant’Attimo, subir na Fortezza de Montalcino, conhecer a Cattedrale del Santissimo Salvatore e a Igreja da Madonna del Soccorso, passear na Piazza del Popolo e fotografar o Palazzo dei Priori e a Torre dell’Orologio.

Onde se hospedar? Hotel Dei Capitani. O hotel se localiza no centro histórico de Montalcino e mantém o estilo medieval em seus quartos. Oferece jardim com piscina com vista para os vales Arbia e Orcia. Diárias, em abril, a partir de 290 reais o casal, com café da manhã.

Onde comer? Osteria Porta Il Casero. O restaurante possui uma adega caprichada e oferece várias opções de degustações de vinhos. O destaque vai para a vista do restaurante para todas as colinas da região. Peça o mezzemaniche com pedaços de abóbora e queijo pecorino.

Qual vinícola visitar? Canalicchio di Sopra. A vinícola produz vinhos a mais de meio século e o seu objetivo é manter a sua essência e elegância por gerações. Nos tours, os visitantes conhecem os vinhedos, a adega e fazem uma degustação de 4 tipos de vinhos. É necessário reservar.

Outra vinícola é a Casanova di Neri, a 6 minutos da Montalcino, que sempre busca aperfeiçoar seus vinhos mantendo a tradição criada desde 1971. Os tours precisam ser agendados por e-mail (visit@casanovadineri.com) e é possível adquirir os produtos por um preço muito em conta.

Dica: para quem deseja uma experiência única, é possível ficar hospedado tanto na vinícola Canalicchio di Sopra quanto na Casanova di Neri. Para informações e reservas, acesse o site de cada local.

Vista panorâmica de Montalcino.

Arezzo

Quantos dias ficar? 1 a 2 dias.

O que fazer? Visitar a Duomo, explorar o Mudas Museu – Museo Diocesano di Arte Sacra e o Museo Archeologico, ver as horas no relógio no Palazzetto della Fraternità dei Laici na Piazza Grande, conhecer a Casa Vasari e a Basilica di San Francesco, tirar fotos da Fortezza Medicea e admirar a paisagem da Passeggio del Prato e Monumento a Petrarca.

Onde se hospedar? Hotel Ristoranti Casa Volpi. O hotel é um antigo casarão típico da região e possui uma das vistas mais bonitas para as colinas. Oferece um restaurante de cozinha regional e aluguel de bicicletas. Diárias, em abril, a partir de 335 reais o casal, com café da manhã.

Onde comer? Logge Vasari Antica Trattoria. Com pratos caseiros e produtos feitos diretamente na cozinha, o restaurante é um dos mais requisitados de Arezzo. Os pratos são típicos da cidade, portanto, prove o ovo soprado com Raviggiolo e trufa e o Capriolo com Polenta all’Onda.

 

Apaixonada por viajar, a jornalista Giovanna Ferraz Borges é uma verdadeira colecionadora de carimbos em seu passaporte. Depois de viver em São Paulo, Londres e em Lyon, escolheu Montreal como a sua segunda cidade – mas faz questão de dizer que o mundo é o seu lar. Aqui, na Revista Digital da Grand Cru, assina a coluna Aperte os Cintos, com as melhores dicas de turismo!

Esta matéria fala sobre: Aperte os cintos

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