9 tendências do mundo do vinho para 2017
Conversamos com a nossa equipe de Sommeliers para trazer nessa matéria as principais tendências para o mundo do vinho que você precisa ficar de olho em 2017! Descubra quais são os tipos de vinhos que serão mais falados e já prepare sua lista de rótulos para degustação!
1. A descoberta dos vinhos rosé pelos brasileiros
O vinho rosé é uma das grandes tendências de consumo para 2017. E sabe porquê? O rosé é a substituição perfeita para a cerveja na mesa de bar, programa tão adorado pelos brasileiros!
Como esse tipo de vinho apresenta um leve amargor no after taste – assim como a cerveja do tipo Pilsen – ele consegue limpar o paladar entre um aperitivo e outro de bar, além de harmonizar perfeitamente bem com frituras e petiscos que tanto adoramos, como linguiça e batata frita, frutos do mar e queijos à milanesa.
Saiba mais sobre os vinhos rosés como substitutos da cerveja.
2. Vinhos naturais e orgânicos continuarão em alta
A onda da alimentação orgânica e natural invadiu também o mundo dos vinhos. O mercado de apreciadores que buscam cada vez mais por garrafas com o mínimo de interferência industrial e baixa porcentagem de aditivos químicos só cresce. Dentre as grandes linhas de cultivo, três se destacam entre as demais: os vinhos naturais, os vinhos orgânicos e os vinhos biodinâmicos.
Enquanto os vinhos orgânicos ganham os mesmos selos que os alimentos orgânicos, garantindo que não foram utilizados pesticidas e fertilizantes industriais, os biodinâmicos são provenientes de vinhedos que procuram uma integração total entre natureza, animais e seres humanos. Os naturais, por sua vez, focam em um modelo de cultivo com a mínima intervenção humana possível. Com muita personalidade, esses vinhos marcam o paladar de todos os que os provam.
Nessa matéria explicamos com detalhes a diferença entre os três tipos de vinho, e aqui temos um especial sobre os vinhos biodinâmicos.
3. A uva Cabernet Franc na Argentina
A Cabernet Franc é uma uva francesa muito importante no mundo do vinho por fazer parte do tradicional corte bordalês. A única região onde a casta era trabalhada como varietal era no Vale do Loire, mais precisamente na denominação de origem Chinon.
Imagine a surpresa quando essa uva começou a ser cultivada para produzir vinhos varietais fora do vale francês, aqui na nossa vizinha Argentina. A proposta inovadora está experimentando diversas formas de trabalhar a uva, que ainda está se encontrando no país. Sua principal característica são as notas herbáceas, principalmente de folhas. Não deixe de provar!
4. Os vinhos da moda: vinhos laranja
A expressão “vinhos laranja” não saiu da boca dos Sommeliers em 2016. Mas, afinal, seriam os vinhos da laranja um novo tipo de vinho, assim como os tintos, os brancos e os rosés? Nada disso! Na verdade, os vinhos laranjas são vinhos brancos produzidos de forma ancestral, com um processo muito semelhante aos tintos. Dessa forma, eles ganham corpo estrutura e taninos, se tornando vinhos brancos muito interessantes. Não à toa estão tão na moda!
5. Os espumantes brasileiros ganham o mundo
Os espumantes brasileiros estão ganhando o mundo! Em meio à Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, uma pequena comunidade de vinicultores se reuniu para conquistar a primeira Denominação de Origem brasileira! E, dentro dela, estão saindo os espumantes considerados pela Master of Wine Jancis Robinson como uma das 10 promessas para o futuro do vinho no Novo Mundo: os espumantes da vinícola Cave Geisse.
6. Vinho com menos passagem por madeira
Os vinhos com pouca – ou nenhuma – passagem por madeira estão ganhando o gosto dos apreciadores de vinho! Os vinho envelhecidos, além de mais caros, acabam perdendo as suas características mais marcantes e adquirem as notas da madeira da qual são feitos os barris. Além disso, o carvalho tem a capacidade de camuflar os defeitos do vinhos, o que pode ser bastante indesejado.
Não à toa, os apreciadores da bebida estão em busca de vinhos cada vez mais puros e que mostram sua personalidade: de onde vieram, as características dos seus vinhedos e claro, da uva da qual são produzidos.
Além disso, os vinhos sem passagem por madeira possuem um melhor custo-benefício do que os envelhecidos, já que entregam uma qualidade superior, por um preço mais em conta, e isto também vale para os rótulos do Velho Mundo.
7. Vinhos autorais
Vinhos autorais não são apenas rótulos assinados por grandes enólogos, mas o fruto de um trabalho de experimentação e pesquisa que traz uma inovação para o mundo do vinho. Os vinhos laranja, por exemplo, nasceram de um trabalho cuidadoso de resgate de processos ancestrais na garagem de algumas vinícolas – e hoje ganharam o mundo!
Pablo Morandé é um desses enólogos cujo trabalho precisamos acompanhar de perto. Este ano, ele lançou sua vinícola autoral, a Bodegas RE, e mostrou para o mundo um trabalho nunca antes visto no mundo do vinho: vinhedos com parreiras híbridas, que dão origem a duas cepas de uvas diferentes, em uma só árvore!
O Vinho Tinto RE Doble, que indicamos abaixo, é um corte misto de Garnacha e Carignan, duas uvas diferentes que crescem juntas nas mesma videira, enxertada com uma variedade em braço da planta. É como se fosse um novo cruzamento de uva – totalmente inovador.
8. Preferência por comprar do pequeno produtor
Comprar do pequeno produtos de vinho: esta é uma das maiores tendências para 2017!
A procura por vinhos com história não para de crescer. Ao invés de grandes vinícolas com processos quase industriais e um grande departamento de marketing por trás de seus lançamentos, pequenas propriedades familiares, que dominam a arte da vinicultura há gerações, e que conhecem com profundidade sua terra, suas uvas e seus vinhedos.
São vinhos regionais, que acumulam sabedoria ancestral, e feitos para harmonizar com a gastronomia rústica de sua região de origem!
9. Vinhos com bom custo-benefício
Quem entende e gosta de um bom vinho sabe: um rótulo caro não é necessariamente o melhor vinho. Assim como o mais barato também não indica uma qualidade necessariamente inferior.
Por isso a expressão custo-benefício do vinho tem estado tão em voga. Ela mostra a relação entre a qualidade de um rótulo específico, em comparação com os outros da mesma faixa de preço. Isso significa que, quando indicamos um vinho com excelente custo-benefício, estamos mostrando um vinho que se destaca em qualidade e complexidade dentre todas os outros que custam o mesmo tanto que ele.
Temos uma matéria especial aqui que fala sobre o que significa um bom custo-benefício no mundo do vinho, e nessa outra preparamos uma lista com os 10 vinhos com o melhor custo-benefício da Grand Cru, por menos de R$70!