Aprenda a degustar vinho como um profissional

A arte de degustar vinho não se limita a profissionais. Aprenda tudo o que precisa saber para degustar vinhos como um sommelier!

A prática da degustação

Muitos confundem degustar com beber – mas estas são práticas diferentes. Só se leva um vinho à boca na última etapa da degustação, e com um propósito diferente de apenas consumo. Basicamente, a degustação é o ato de se analisar e avaliar a qualidade de um vinho. Ao todo, são quatro etapas básicas: análise dos aspectos visuais, dos aromas, dos sabores e da estrutura em boca.

1) Aspecto visual de um vinho

A análise sensorial de um vinho começa, justamente, pelos olhos. O aspecto visual de um vinho funciona como indicativo das condições em que se encontra o vinho – e por isso é importante fazer esta avaliação num ambiente claro e sob uma superfície branca.

É claro que as cores variam entre vinhos brancos, tintos e rosés. Mas elas indicam, além de uma característica da própria uva, a idade do vinho. A coloração de um tinto jovem, por exemplo, varia entre rubi e granada, e o vinho vai ganhando, com os passar dos anos, um tom atijolado. Com os vinhos brancos, o processo é o contrário – um branco jovem costuma ter cor amarela ou esverdeada, mas torna-se mais escuro com o tempo de guarda – chegando a tons dourados ou âmbar.

A intensidade, por sua vez, pode estar relacionada tanto com a tipicidade da uva ou com a extração realizada pelo enólogo (afinal, o pigmento do vinho está na casca). Pode esperar que um Pinot Noir, por exemplo, seja menos intenso do que um Cabernet Sauvignon. Isso porque a casca da Pinot é bem fina, fazendo com que transmita menos pigmento e menos corpo ao vinho.

2) Aromas de um vinho

Você já deve ter visto muito “entendido” de vinho girar a taça e depois aproximá-la do nariz. Não precisa ter vergonha, não. Este é exatamente o segundo passo de uma degustação. E os aromas dizem muito de um vinho – além de serem uma das partes mais gostosas para os amantes da bebida.

A intensidade aromática de um vinho pode variar bastante, mas chamam mesmo a atenção suas características aromáticas. Não vale falar que está sentindo aroma de vinho, hein? Todo o resto que vier em mente está valendo – frutas vermelhas, baunilha, chocolate, vegetais, flores… Se ainda não sabe que aromas esperar de um vinho, clique aqui.

3) Sabores de um vinho

É comum que os aromas de um vinho se repitam em boca, até porque parte daquilo que conhecemos como sabor não passa de partículas dos alimentos que se volatilizam e vão da parte posterior da língua para o nariz (os ditos “aromas de boca”). Podem ser descritos da mesma maneira que os aromas.

4) Estrutura de um vinho

O paladar pode notar alguma nota ou outra que o nariz não captou, mas há outros aspectos igualmente importantes para se analisar com a língua: doçura, acidez, tanino e corpo. Dizemos língua, pois é esse o órgão do corpo capaz de perceber tais aspectos. A doçura de um vinho, por exemplo, é percebida pela pontinha da língua. Já a acidez, característica que nos faz salivar quando muito expressiva, é captada pelas laterais da língua. Os taninos, polifenóis presentes na casca das uvas e que dão entonação adstringente aos vinhos, são percebidas, sobretudo, pelas gengivas. E o corpo do vinho – leve, corpo médio ou encorpado – não passa do peso que exerce sobre a língua.

E depois da degustação?

É ao final de uma degustação que seu propósito vem à tona. Além de gostar ou não do vinho, as etapas permitem que se tire conclusões objetivas a respeito da bebida. O vinho respeita as características da uva quando cultivada em determinada região? É equilibrado? Persistente? Intenso? Simples ou complexo?!

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