As vinícolas mais bonitas para visitar no inverno, por Giovanna Ferraz Borges

Hoje, selecionamos as cinco vinícolas mais bonitas do mundo para se visitar durante o inverno. Afinal, ficar em casa embaixo do cobertor é coisa do passado – a moda agora é aproveitar! Xô, preguiça!

Por Giovanna Ferraz Borges

O inverno é aquela estação queridinha dos amantes de vinhos, fondues, neve e aventuras. No hemisfério sul, ele se despede, enquanto que no hemisfério norte, ele se aproxima. Alguém aqui já vai sentir saudade do frio?

Matetic, Casablanca, Chile

Localizada a 100 quilômetros de Santiago, a Vinícola Matetic foi fundada em 1999 por uma família de origem croata. A Matetic possui mais de 9 mil hectares e ocupa dois vales: o Valle de San Antonio e o Valle de Casablanca. A vinícola é nova e super moderna, e sua produção de vinhos é exclusiva: apenas 400 mil garrafas por ano.

A Matetic produz três rótulos diferentes. O Corralillo, que recebe o nome de uma antiga vinícola em El Rosario Valley, possui nove tipos de vinho, sendo 4 brancos e 5 tintos. O EQ, que vem da palavra equilíbrio, representa o compromisso da vinícola com a natureza e possui cinco tipos de vinho, sendo 3 brancos e 2 tintos. Já o rótulo Matetic é um Syrah especial feito no San Antonio Valley, enquanto o Coastal Brut é o espumante da bodega.

Aos visitantes, a vinícola oferece uma série de atividades. O restaurante Equilíbrio serve comida típica chilena com ingredientes plantados no local e vinhos Matetic. Para quem prefere fazer os tours, há opção de escolher entre o passeio Corralillo ou o EQ, seguido de uma degustação. No fim, ainda pode-se adicionar o “Chocolate & Wine Shots”, uma degustação de chocolates e vinhos. Em ambos os tours, os visitantes sobem nos mirantes para verem a vinícola de cima, aprendem sobre a colheita e os cuidados com as uvas, andam pelos vinhedos, veem o processo de produção do vinho e, por fim, provam duas taças de vinho. Para os mais aventureiros, a Matetic oferece passeios externos pelo El Rosario Valley, como o passeio a cavalo, a caminhada e o passeio de bike. É necessário reservar tanto o restaurante quanto todos os tours. A reserva pode ser feita diretamente pelo site ou pelo e-mail.

Mais informações: www.matetic.com

Bouchard Père & Fils, Borgonha, França

Fundado em 1731, o Bouchard Père & Fils é uma das vinícolas mais antigas de Borgonha. Durante a Revolução Francesa, a propriedade pertencia ao clero e à nobreza, que a colocaram a venda. A família Bouchard adquiriu a área e, a partir de então, a vinícola é uma das mais reconhecidas na França.

Em 1820, o Château de Beaune, uma antiga fortaleza do Rei Louis XI, começou a fazer parte da propriedade. Quatro das cinco torres originais do castelo, bem como partes das muralhas, permanecem de pé até hoje! As adegas do Bouchard Père & Fils se localizam na parte subterrânea do Château, possuindo a temperatura ideal para seus vinhos. Lá, há uma coleção única de mais 2000 garrafas de vinho do século XIX, incluindo um Meursault Charmes de 1846.

Os visitantes podem conhecer o Château de Beaune e explorar toda a história da região e da marca. O tour envolve exposições interativas em um espaço contemporâneo e moderno. Na área de degustação, os turistas podem descobrir tudo sobre a fabricação dos vinhos e seus segredos. Além do tour básico, há também o The Maestro Tasting Session, onde se pode provar oito tipos de vinho, todos explicados por especialistas, e The Virtuoso Tasting Session, onde se pode provar os melhores rótulos da vinícola. É necessário reservar em todos os casos.

Para mais informações: www.bouchard-pereetfils.com

Mazzei, Toscana, Itália

A vinícola Mazzei, fundada em 1435 e situada na província de Toscana, produz vinhos com paixão por mais de seis séculos. A empresa preza pela agricultura sustentável e acredita em melhorias para entregar as terras intactas às gerações futuras. A proposta da Mazzei é inovar, mas manter as tradições familiares na produção de seus rótulos. Por isso, a vinícola é uma das mais tradicionais da região e é reconhecida por seus vinhos consistentes.

Há três localidades onde os vinhos são produzidos: Belgrado, Fonterutoli e Zisola, sendo apenas os dois últimos disponíveis para visitas. A Fonterutoli é uma aldeia a poucos quilômetros de Siena – é possível ver a Torre del Magia do local. A propriedade, com 650 hectares, possui casas erguidas em 1500. Por isso, ao andarmos por lá, parece que estamos na Idade Média. As uvas, plantadas em 120 hectares, são colhidas à mão, transformadas em vinho e envelhecidas em barris de madeira. No Castello di Fonterutoli  é possível fazer uma visita aos vinhedos e à produção dos vinhos, além de degustar alguns rótulos. A ideia é misturar experiências sensoriais e a história de Mazzei no tour.

Em Belgrado, não existe tours, mas há uma paisagem belíssima das colinas Grosseto e Montiano, ao lado do Mar Tirreno. A família Mazzei adquiriu o terreno de 70 hectares na década de 90 e cultiva seus vinhos na terra até hoje, mantendo a qualidade e excelência. Já Zisola, localizado no sudeste da Sicília, é um projeto de vinícola novo da Mazzei, inaugurado em 2003. A propriedade tem 50 hectares e seus jardins cultivam uvas, frutas cítricas, azeitonas e amêndoas. São necessários 350 barris de carvalho para compensar os vinhos! As visitas guiadas são ao livre e passam pelos jardins e a adega, onde há a degustação final. A natureza e beleza de Zisola encantam os turistas que buscam por vistas inesquecíveis. A reserva é necessária para todos os tours.

Mais informações: www.mazzei.it

IXSIR, Basbina, Líbano

Vinho no Líbano? Com certeza! A vinícola IXSIR, localizada a 60 quilômetros de Beirute, é uma joia de Basbina. O Porto de Botrus (nome em grego que significa uva), próximo à Basbina, foi o centro de exportação de uvas e vinhos do Mediterrâneo e um dos primeiros a produzir a sua própria moeda. Ela teve a impressão de um cacho de uvas em um dos lados, simbolizando a importância da fruta para a economia local.

A vinícola foi criada por amigos apaixonados por vinho e pelo Líbano, por isso, a produção é feita com muita paixão e inspiração, sempre associada ao país. Os vinhos misturam ricas variedades de uvas cultivadas cuidadosamente em vinhedos selecionados que simbolizam a diversidade do Líbano.

A IXSIR recebe visitantes durante o ano todo. O tour faz uma viagem pelas montanhas da região, pelo processo de produção dos vinhos e pela famosa adega. No fim, os turistas provam os vinhos locais e descobrem o porquê da IXSIR ser tão diferente e exótica. A vinícola ainda possui um restaurante, a comando do Chef Nicolas Audi, que serve comida libanesa típica da região. Para ambas as opções, a reserva é necessária.

Mais informações: www.ixsir.com.lb

Cave Geisse, Pinto Bandeira, Brasil

Mario Geisse, um engenheiro agrônomo e enólogo chileno, chegou ao Brasil em 1976. Ao imigrar para a região Sul do país, ele percebeu que as terras possuíam um potencial incrível para a elaboração de vinhos. Com isso, a vinícola Geisse foi fundada em 1979 e, desde então, busca a produção perfeita de espumantes.

A Cave Geisse preza pela atenção máxima de cada fase do processo de elaboração dos espumantes. Por isso, todos os produtos possuem um alto padrão e são encontrados em grandes restaurantes e lojas. Os seus vinhedos utilizam o sistema de espaldeira, trabalham com índices de produção controlada e são tratados de maneira eco eficiente, sem utilizar agrotóxicos.

Aos visitantes, a Geisse Experience é um dos passeios mais incríveis de se fazer. A ideia é vivenciar uma experiência única ao descobrir os segredos dos vinhedos Geisse a bordo de um 4×4. No fim, há uma degustação de dois vinhos. Se a opção não for aventura, o Open Lounge promove degustação de empanada artesanal chilena harmonizada com uma taça de espumante Geisse. A Vista & Degustação passa pelos vinhedos, ensina os detalhes da elaboração dos espumantes e serve os mais conceituados espumantes da América do Sul. Em todos os casos, precisa reservar com antecedência.

Mais informações: www.cavegeisse.com.br

Final de dia lindo nos vinhedos Geisse #vinhedosgeisse #cavegeisse #pintobandeira

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Apaixonada por viajar, a jornalista Giovanna Ferraz Borges é uma verdadeira colecionadora de carimbos em seu passaporte. Depois de viver em São Paulo, Londres e em Lyon, escolheu Montreal como a sua segunda cidade – mas faz questão de dizer que o mundo é o seu lar. Aqui, na Revista Digital da Grand Cru, assina a coluna Aperte os Cintos, com as melhores dicas de turismo!

Esta matéria fala sobre: Aperte os cintos

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