Regiões da Espanha: Ribera del Duero versus Toro
Se ainda não conhece duas das principais regiões produtoras de vinhos da Espanha, chegou a hora! Conheça Ribera del Duero e Toro, e saiba as principais diferenças entre as regiões.
É a noroeste da Espanha onde encontramos as duas maiores regiões vinícolas do país. Galícia, com seus brancos frescos e agradáveis, e Castilla y León, região que vem produzindo vinhos tintos de reconhecimento global.
Protegida pelas altas montanhas de León, os vinhedos de Castilla se beneficiam de altitudes superiores a 800 metros, com dias quentes e longos, combinados com noites frias, o que facilita e prolonga a temporada de cultivo e colheita das uvas. O resultado? Tempo para um amadurecimento total e equilíbrio dos níveis de acidez e doçura no vinho.
No início dos anos 80, as denominações de origem de Castilla y León começaram a entrar para o circuito dos melhores vinhos do mundo. São elas Ribera del Duero, Rueda, Toro, Cigales e Bierzo.
Sem dúvida nenhuma, a denominção Ribera del Duero é a mais importante das outras cinco, aqui é onde está sediada uma das mais respeitadas e renomadas vinícolas do mundo, Vega Sicilia, sinônimo de tradição e qualidade desde 1848, ano de sua fundação. Ao longo desses anos, a bodega preservou a identidade de seus vinhos, expressando a mesma elegância e concentração que lhes rendeu prestígio internacional.

Vinhas em formato da arbusto, as bush vines, da vinícola Pingus, região de Ribera Del Duero.
Os vinhos de Ribera del Duero são geralmente produzidos com a uva Tinta del País, mais conhecida como Tempranillo. A uva é de fácil adaptação a diferentes climas e solos, e já está presente em várias regiões vinícolas, com nomes distintos, exemplo de Aragonez (Alentejo) e Tinta Roriz (Douro). Lá nascem vinhos de baixa acidez e elevado teor alcoólico, de estilo ousado, potente e longevo.

Os vinhedos da icônica Vega Sicília.
Já a denominação do Toro tem clima mais quente, por isso produz Tempranillos com maior vigor, capazes de atingir até 15% de graduação alcoólica. Com tanto potencial, grandes vinícolas têm comprado terras na região para produzir vinhos mais intensos e ricos em aromas e sabores. É onde, por exemplo, a Vega Sicilia produz a linha Pintia, vinho mais moderno da vinícola!