Conheça os diferentes espumantes produzidos pelo mundo

Nem todo espumante é um Champagne, mas todo Champagne é um espumante! Entenda a diferença entre essas nomenclaturas e conheça os principais tipos de espumantes produzidos no mundo.

Champagne, França

Eis o mais famosos de todos os espumantes e que muitas vezes leva nome por todos os outros. No entanto, chamar qualquer espumante de Champagne é incorreto. Apenas os espumantes produzidos na região de Champagne, no gelado norte da França, com uvas provenientes da região e seguindo as rígidas regras tradicionais podem ser considerados autênticos Champagnes. As uvas autorizadas a serem utilizadas na produção dos Champagnes são a Pinot Noir, a Pinot Meunier e a Chardonnay, que não necessariamente precisam aparecer juntas em um corte. Elas produzem vinhos espumantes brancos ou rosés com alta acidez, corpo intermediário e baixa graduação alcoólica.

Mas não espere encontrar um Champagne por menos de três dígitos, ao menos no Brasil. Há duas razões para que sejam especialmente mais caros do que espumantes de outras regiões do mundo: lá, são os Champagnes são obrigados a passar, pelo menos, 15 meses em contato com as leveduras para estarem prontos e poderem sair da vinícola. Além disso, por causa do tempo frio, nem todas as uvas conseguem amadurecer até o ponto necessário para a produção de espumantes com a qualidade desejada. Por isso, cabe a cada vinícola, a cada safra, decidir se vai ou não produzir o Champagne.

A característica do Champagne vai mudar de acordo com a microrregião, com o corte e o tempo de autólise. De modo geral, pode-se esperar que um bom exemplar tenha aromas de frutas cítricas e frutas verdes, mas também notas marcadas da autólise – fermento, levedura, pão, brioche e tostado –, além de característica alta acidez.

Nós acabamos de receber um Champagne muito especial aqui na Grand Cru, de uma Casa de Champagne com mais de 200 anos de idade: o Billecart-Salmon. Você pode saber mais sobre a história dessa vinícola em nossa matéria especial sobre ela.

Champagne Billecart-Salmon Brut Réserv

Crémant, França

Champagne, definitivamente, não é a única região da França que produz espumantes de destaque. Quando a segunda fermentação acontece na própria garrafa, a bebida recebe nome de Crémant. Os dois principais produtos são o Crémant de Limoux, do Languedoc, e o Crémant de Saumur, do Loire.

Para a produção do Blanquette de Limoux, usam-se as variedades Mauzac (também conhecida por Blanquette), Chardonnay, Chenin Blanc e Merlot. Os espumantes de Limoux, sobretudo os que contenham Mauzac, têm características de frutas cítricas e zest, além de caráter floral. Costumam ser bastante ácidos e de médio corpo a encorpados.

Os Crémant de Saumur, por sua vez, são feitos principalmente a partir de Chenin Blanc, principal casta do Loire. Os espumantes de Saumur tem sabores de frutas verdes e cítricas, são bastante ácidos e, por vezes, os melhores com aromas de fermento e levedura.

ESPUMANTE ANDRÉ DELORME CRÉMANT DE BOURGOGNE BRUT 750 ML

André Delorme Crémant de Bourgogne Brut

Cava, Espanha

O espumante ícone da Espanha utiliza castas autóctones da Catalunha para sua produção – Parellada, Xarel-lo e Macabeo –, mas também as variedades de Champagne, que conferem ao Cava um toque de complexidade. Em sua maioria, os Cavas são vinhos espumantes mais simples, baratos e para serem abertos ainda jovens. Com caráter neutro, trazem toques de pera e acidez intermediária.

Nós andamos pelos quatro cantos da Espanha para encontrar o Cava mais especial para oferecer aos nossos clientes. Conhecido como o “Champagne da Espanha”, o Cava Reyes de Aragón é festivo, fácil de beber e harmoniza muito bem com o clima brasileiro.

 Vinho Espumante Cava Reyes d Aragon Brut Nature 750 mL

Vinho Espumante Cava Reyes d Aragon Brut Nature 750 mL

Prosecco, Itália

É na região do Vêneto, norte da Itália, que nasce o carro-chefe dos espumantes italianos. Produzidos com a uva Glera – muitas vezes também denominada Prosecco –, normalmente por segunda fermentação em tanque, o que significa menor complexidade aromática. Com borbulhas maiores do que outros espumantes, os espumantes Prosecco trazem aromas cítricos, de frutas passadas, flores e amêndoas e corpo leve. Desde 2005, a região de Conegliano-Valdobbiadene recebeu título de DOCG, o que significa que têm qualidade garantida pelo estado italiano.

Terra Serena Valdobbiadene Superiore

Terra Serena Valdobbiadene Superiore

Franciacorta, Itália

Apesar de o Prosecco ser o mais popular dentre os espumantes italianos, Franciacorta ainda é o de maior renome – é muitas vezes comparado aos Champagnes. Ainda no norte da Itália, o Franciacorta é produzido na região da Lombardia, em meio aos alpes italianos. Feito no método tradicional com as uvas Chardonnay, Pinot Nero e Pinot Bianco, passa por segunda fermentação em garrafa, e são mantidos por pelo menos 25 meses em contato com as leveduras antes de serem comercializados.

Espumante Villa Crespia Franciacorta DOCG Brut

Espumante Villa Crespia Franciacorta DOCG Brut

Asti, Itália

Apreciado principalmente pelos paladares com preferência para as bebidas adocicadas, Asti é um espumante produzido pelo método de tanque na região de mesmo nome, no Piemonte. Costumam ser espumantes mais simples, descontraídos e ter preços atraentes. O paladar de um Asti é normalmente doce, frutado e de corpo leve, caraterísticas que você encontra no Espumante Acquesi Asti DOCG.

Espumante Acquesi Asti DOCG

Espumoso, Argentina

Além dos espumantes feitos com Chardonnay e Pinot Noir – corte clássico para vinhos com borbulhas –, a Argentina tem ousado com algumas variedades, tais como Chenin Blanc, Semillón, Malbec, Viognier e até Torrontés. Ainda não há um estilo tradicional do país, mas uma coisa é certa: hoje, se produz espumantes de todos os estilos – desde brut até doce e rosé, seja pelo método tradicional ou de tanque.

Espumante Nocturno Brut

Espumante Nocturno Brut

Sekt, Alemanha

Você sabia que a Alemanha tem o maior consumo de espumante per capita do mundo? Por lá, o vinho com borbulhas é chamado de Sekt, e é produzido em grande parte pelo método Charmat. Com açúcar residual e fácil de beber, o Sekt pode ser de três tipos diferentes. O primeiro é o Sekt genérico, produzido à partir de vinhos base que podem vir de qualquer parte da Europa – mas mais comumente da Itália e da França, mas precisam passar pela segunda fermentação na Alemanha. Já o Deutscher Sekt, além da segunda fermentação, só pode ser feito de uvas cultivadas na Alemanha. Os mais famosos são os Sekts feitos da uva Riesling. O Deutscher Sekt bA, por sua vez, é produzido em uma das 13 denominações de origem alemãs, consideradas superiores, as Anbaugebiete.

Por Gustavo Jazra 

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